Jean Gaspar
Guarulhos comemora, em 24 de março, a sua emancipação política, que elevou o antigo aldeamento de Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos à condição de município autônomo e independente. Passados 133 anos, Guarulhos é hoje a segunda maior cidade do Estado de São Paulo, e uma das potências do país em termos econômicos, demográficos e logísticos, com o maior aeroporto da América Latina.
Embora com muitos problemas ainda a superar, é preciso salientar o grande esforço dos filhos dessa terra para construí-la, inspirados nas iniciativas de dois ilustres homens públicos à época, João Álvares de Siqueira Bueno e padre João Vicente Valadão.
A emancipação política de Guarulhos leva-nos a refletir sobre o próprio significado do termo e o que isso tem a ver conosco na atualidade. Emancipação, no senso comum, é o ato de se tornar livre e independente, sendo aplicado muitos contextos como emancipação de menores de 18 anos, da mulher e dos escravos. É, portanto, a luta de minorias por seus direitos políticos enquanto cidadãos.
A esse sentido de liberdade está diretamente relacionado um sentido de responsabilidade de continuarmos o processo de emancipação e autonomia da nossa cidade. Para isso, é preciso também nos emanciparmos enquanto cidadãos.
Isso significa ter um papel ativo na sociedade. É poder criticar, mas, antes, sugerir e agir. É avaliar os programas de governo e plataformar políticas com vistas ao benefício de nossa comunidade. É escolher e cotar nos dirigentes comprometidos com o nosso futuro. É acompanhar nossos representantes nos mandatos, cobrando, pedindo resultados e o cumprimento de promessas.
Ser cidadão emancipado é também faz uma autocrítica do próprio desempenho na construção de umm mundo melhor. É assumir uma atitude diária baseada em valores éticos, como civilidade, justiça e respeito às diferenças multiculturais. É combater a corrupção, o favoritismo, as ditaduras e a opressão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário